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Ex-chefe da Polícia do Rio preso como mentor do crime sobre o caso Marielle pede a Moraes para depor
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Rivaldo Barbosa era comandante a Polícia Civil do estado quando ocorreu o assassinato de Marielle ele foi preso há um mês como um dos supostos mandantes. Esposa dele também quer ser ouvida.
- Por Camilla Ribeiro
- 29/04/2024 21h10 - Atualizado há 6 meses
O delegado Rivaldo Barbosa, preso em março como o suposto mentor do assassinato de Marielle Franco, através de sua defesa, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para que ele e a esposa, Erika Araújo, sejam ouvidos no processo.
De acordo com a petição, já se passou mais de um mês da prisão de Rivaldo, em 24 de março, o depoimento ainda não foi colhido.
"[...] ainda não há nos autos notícias do cumprimento daquela determinação judicial, pois até o momento nenhum dos investigados foi ouvido", disseram os advogados.
Rivaldo Barbosa é investigado pela Polícia Federal e apontado como o mentor do assassinato de Marielle Franco, em 14 de março de 2018.
O motorista da vereadora, Anderson Gomes, também foi executado a tiros no ataque.
A investigação sobre o caso aponta também que a morte de Marielle teve como mandantes os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos também no mês passado.
Ronnie Lessa, ex- PM e acusado de ser o executor do assassinato, após sua delação a PF concluiu que Rivaldo já mantinha uma “relação indevida” com os mandantes antes mesmo do crime.
A esposa quer ser ouvida
Erika Araújo, esposa de Rivaldo, é advogada e também alvo de uma série de medidas cautelares.
Os investigadores suspeitam que o casal abriu empresas de consultoria para fazer lavagem de dinheiro da propina que o delegado teria recebido para sabotar as investigações da morte de Marielle.
Em petição que foi enviada a Moraes, os advogados citam o currículo de Erika e declaram que as empresas atuaram legalmente, emitindo notas fiscais e comprovando a prestação de serviços.
Os advogados pedem também que as medidas contra Érika e as empresas sejam revogadas.
"Como é possível observar, não procedem as assertivas consignadas no Relatório Final da Autoridade Policial, baseadas em notícias de jornal, no sentido de que as empresas de Erika são de fachada, que tenham auxiliado em suposta lavagem de dinheiro e que ela tenha atuado como 'testa de ferro' de Rivaldo",diz a petição.
"Da mesma forma, não há qualquer lastro probatório ou ao menos indiciário no sentido de que tenha havido práticas ilícitas na prestação dos serviços realizados pelas empresas de Erika e muito menos que sua evolução patrimonial tenha relação com rendas ilegais", continuam os advogados.